6 de novembro de 2005

Enigma

Quando me quiseres encontrar
estou ali, no princípio da aliteração
guardada como um segredo
entre os versos sem rima
e as rimas sem razão

e quando me quiseres
não me aches, descobre-me
que eu permaneço ali
longa como um l de tanto te esperar
imóvel, entre o a e o i

e quando me encontrares
revelo-te o segredo,
sussurrando-te ao ouvido
num cintilar de brinco
sílabas ao contrário

e saberás onde tanto te esperei.

4 comentários:

r.e. disse...

que surpresa agradável descobrir este lugar. obrigado pela visita e pela descoberta. beijinho. serás sempre bem-vinda na madrugada. J.

Noggy disse...

bem, não resisti voltar cá...
Gostei deste poema :)

***

Mirabilis (ou Sherazade) disse...

Obrigada capuchinho. Escusado será dizer que és sempre bem vindo... Enjoy :)

Anónimo disse...

Sherazade

Seus textos são maravilhosos.
Realmente maravilhosos.
Gostaria de convida-la para escrever na minha revista de literatura e arte.
www.valeriaeik.com
Aguardo uma resposta.
Aproveito para lhe desejar um Natal muito feliz e que o Ano Novo venha repleto de paz, saúde, amor, prosperidade.
Valéria.