18 de outubro de 2005

Fim de Verão

Sabe-me a mel o fim do Verão e a cerveja
e nas horas caladas desta madrugada
procuro as palavras nos cigarros acesos
para contar à solidão o sabor do teu olhar
– mas hoje não há palavras para mim
nem poemas que te tragam.

E nesta madrugada de horas adormecidas
em que a solidão calada me sorri
perscruto as palavras acesas nos poemas
que todavia não te trazem até mim…
– tudo o que tenho deste Verão que termina
é o sabor a mel e a cerveja.

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