17 de outubro de 2005

(sem título)

Rego a flor da tua Ausência
com as lágrimas esgotadas que não choro
e bóia eterno à superfície do Vazio
o nenúfar branco e pálido da Existência.

A criança afoga-se no rio...

Desprezei o passado e fugi do futuro
para cantar com voz de hoje canções de outrora
e conservo a candura das açucenas imaculadas
no velho cravo maduro.

As horas que passam estão paradas...

Divina seja a vida que me invade!
Estou seca e sem seiva e sobrevivo
a escrever em pergaminhos de Silêncio
os imutáveis murmúrios da Saudade.

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