Já não regresso à sordidez do teu encontro
nem às trevas da luxúria no meu corpo;
já não retorno à mágoa auto-inflingida
e nem ao sonho
e nem à espera
e vou embora neste adeus sem despedida.
Sigo com os pássaros
arrastando as asas, a honra e a vergonha
e tropeçando ainda na saudade
da tua presença incerta
e do teu silêncio habilmente interrompido.
E por mais que me sangre a ferida aberta
parto rumo à tua ausência absoluta
no passo vacilante de quem foge
que o vazio é o meu sossego e o meu castigo
de te ter dado quase tudo.
E só não te prometo não voltar
para que saibas, desta vez,
que eu já não volto.
1 comentário:
julinha querida, eu e a jacquie estavamos a navegar pelas tuas lindas palavras e a tentar captar a tua essência nelas...
pessoalmente acho que este tem muito a ver comigo.
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