Escondo-me em tudo para não me ver
no espelho implacável da minha vergonha.
Tudo me serve, me oculta, me encobre
um copo meio da metade vazia
onde bebi o remorso diluído
um sorriso rasgado com os dedos
que rasgaram a alma que não queria sorrir
um olhar trémulo no chão pisado
a fugir dos pés dos outros
e dos seus olhos...
Implacavelmente, como num espelho,
em tudo me encontro com a minha vergonha.
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